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Caso de envenenamento no RS: suspeita pode ter utilizado arsênio em alimentos consumidos por outras vítimas

  • Foto do escritor: Diogenes Régis
    Diogenes Régis
  • 22 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de jan.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul segue investigando os desdobramentos do caso do bolo envenenado com arsênio, ocorrido em Torres, durante o Natal. O episódio resultou na morte de três pessoas e apontou Deise Moura dos Anjos como principal suspeita. Além do bolo, há indícios de que outros alimentos também tenham sido contaminados, afetando seu marido e filho.


Deise Moura é a principal do suspeita dos envenenamentos - Foto: Divulgação
Deise Moura é a principal do suspeita dos envenenamentos - Foto: Divulgação

Resumo dos acontecimentos


O caso do bolo envenenado:


Em 23 de dezembro de 2024, sete pessoas estavam reunidas na casa da família para comer um bolo de reis preparado pela sogra de Deise, Zeli dos Anjos. Três mulheres morreram poucas horas depois: Tatiana Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos. A investigação revelou que a farinha usada no bolo continha arsênio. Zeli, principal alvo de Deise, foi hospitalizada após consumir duas porções do bolo, mas sobreviveu após 19 dias de internação.


Outros envenenamentos investigados:


Marido e filho de Deise: Exames detectaram arsênio na urina de ambos, indicando possível envenenamento por suco de manga oferecido pela suspeita.


Sogro de Deise: Paulo Luiz dos Anjos faleceu em setembro de 2024, supostamente devido a uma infecção intestinal. Após a exumação, foi constatado que ele também foi envenenado com arsênio, presente em bananas e leite em pó levados por Deise.


Ações da investigação


Prisão de Deise: A suspeita foi detida temporariamente em 5 de janeiro de 2025, acusada de homicídios e tentativas de homicídio qualificados. A polícia acredita que Deise possa ter cometido crimes em série e utilizado arsênio em diversas ocasiões.


Compra do veneno: Deise adquiriu arsênio pela internet em quatro oportunidades nos meses que antecederam os envenenamentos. O produto foi enviado pelos Correios e registrado no celular da suspeita.


Contaminação da farinha: A polícia apura que Deise pode ter contaminado a farinha usada no bolo em novembro de 2024, um mês antes do episódio fatal.


Visitas ao hospital e novos depoimentos


Zeli relatou que Deise levou alimentos durante sua internação, incluindo bombons, suco e barras de cereal, mas familiares impediram que ela os consumisse. Os itens foram entregues à polícia e estão sendo analisados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

O marido de Deise afirmou ter sofrido “vômitos violentos” após tomar o suco de manga preparado pela suspeita. Zeli também descreveu que a farinha usada no bolo tinha uma textura "estranha".


Defesa da acusada


O advogado de Deise, Cassyus Pontes, informou que a defesa contratou peritos particulares para avaliar os laudos do caso. Ele alega que ainda não teve acesso aos resultados dos exames relacionados ao marido e filho da suspeita e afirmou que novas diligências devem ser realizadas antes da conclusão do inquérito.


Conclusão e próximos passos


A polícia continua analisando os laudos e coletando provas. A suspeita permanece presa enquanto os investigadores buscam esclarecer se os envenenamentos foram intencionais e premeditados. O caso, que ganhou repercussão nacional, aponta para uma série de crimes que podem ter sido motivados por conflitos familiares.

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