Crime Organizado Controla Mil Postos de Combustíveis no Brasil, Aponta Ministro da Justiça
- Rômulo Araujo
- 5 de fev.
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O crime organizado exerce influência sobre cerca de mil postos de combustíveis no Brasil, de acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Diante dessas informações, ele determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a atuação de facções criminosas no setor, incluindo refinarias e distribuidoras.

A revelação foi feita na quarta-feira (5), durante a primeira reunião do Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, realizada em Brasília. O encontro teve como foco a crescente participação dessas organizações no setor de combustíveis, uma prática que, segundo Lewandowski, vem se expandindo rapidamente.
"O crime organizado tem utilizado postos de combustíveis como fachada para lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas. Estima-se que mais de mil postos já estejam sob controle dessas organizações, o que afeta diretamente a concorrência, distorce os preços e compromete a segurança econômica do setor", afirmou o ministro.
Investigações e Medidas Anunciadas
O ministro destacou que o controle criminoso sobre refinarias de petróleo e etanol também impacta os preços para os consumidores, além de prejudicar a arrecadação de impostos. Segundo ele, essa atuação clandestina permite a adulteração de produtos, a formação de cartéis e a sonegação fiscal, causando prejuízos bilionários à economia.
Diante desse cenário, Lewandowski anunciou:
Abertura de um inquérito pela Polícia Federal para aprofundar as investigações sobre o envolvimento de facções no setor de combustíveis;
Criação de um subgrupo permanente no Ministério da Justiça para monitorar essas organizações e apoiar as ações das polícias e dos Ministérios Públicos estaduais.
Embora ainda não haja informações detalhadas sobre a extensão da operação, o governo ressaltou a necessidade de um esforço coordenado para combater a influência do crime organizado sobre o setor e minimizar os impactos econômicos e sociais dessas atividades ilícitas.
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