Estagiária de Direito é presa por liderar golpes contra idosos em Minas Gerais
- Rômulo Araujo
- 21 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de jan.
Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar desarticulou, nesta terça-feira (21), um esquema de estelionato direcionado a idosos em situação de vulnerabilidade, em Manga, no norte de Minas Gerais. Denominada "Operação Medusa," a ação resultou na prisão de uma estudante de Direito de 22 anos, suspeita de liderar o esquema fraudulento.

Investigação detalhada
A operação foi dividida em etapas, começando com a identificação das vítimas e coleta de provas. A primeira fase levou ao cumprimento de mandados de prisão e busca contra a suspeita, que utilizava sua posição como estagiária em um escritório de advocacia para cometer os crimes.
Segundo o delegado Genilson Alvarenga, a jovem se passava pela advogada titular, atendendo vítimas fora do escritório para evitar ser gravada pelas câmeras de segurança. Os encontros ocorriam em locais públicos sob o pretexto de oferecer uma assistência mais acessível.
Modus operandi e crimes associados
A estudante é investigada por estelionato, falsificação de documentos e falsa identidade. Utilizando documentos falsos, ela realizava transações bancárias fraudulentas, passando-se por advogada. As vítimas, em sua maioria idosos analfabetos, eram atraídas por promessas de ajuda com benefícios financeiros, empréstimos e cartões de crédito.
Esses golpes resultaram no esvaziamento das contas bancárias das vítimas, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 100 mil.
Apreensões e próximos passos
Durante a operação, cartões de crédito, documentos relacionados aos crimes e aparelhos eletrônicos foram apreendidos e encaminhados para análise. Na segunda etapa da investigação, a polícia busca identificar outros envolvidos, localizar bens adquiridos com recursos ilícitos e recuperar parte dos valores desviados.
Alerta à população
O delegado Thiago Pinheiro reforçou a importância de proteger os idosos contra golpes financeiros e recomendou evitar intermediários que ofereçam assistência financeira fora de locais monitorados. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque-Denúncia 181.
As autoridades continuam os trabalhos para ampliar a investigação, responsabilizar os envolvidos e minimizar os danos às vítimas.
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