O ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o militante petista Marcelo Arruda em 2022, prestou depoimento ao Tribunal do Júri na noite desta quarta-feira (12). No entanto, ele se recusou a responder perguntas do Ministério Público, alegando legítima defesa.

Discussão política e arrependimento
Durante o interrogatório, Guaranho admitiu ter chegado à festa de Marcelo Arruda com música da campanha de Jair Bolsonaro tocando em seu carro. Segundo ele, o volume estava baixo porque seu filho estava no veículo. Hoje, afirma que sua atitude foi uma "idiotice com certeza".
O réu relatou que, ao gritar "Bolsonaro mito", ouviu de Marcelo a resposta "cadeia para Bolsonaro". Segundo ele, a troca de palavras foi seguida por um ato de Arruda, que teria jogado terra na janela do carro, atingindo seu rosto e o de seu filho.
Retorno à festa e crime
Após a discussão, Guaranho disse que voltou para casa, onde percebeu que seu filho também havia sido atingido. Sentindo-se tomado pela raiva, decidiu retornar ao local para tirar satisfações.
O crime ocorreu na sequência, resultando na morte de Marcelo Arruda. O caso, de grande repercussão nacional, foi considerado um assassinato motivado por divergências políticas.
Julgamento em andamento
O julgamento segue em andamento, com grande atenção pública e da imprensa. A defesa do ex-policial sustenta a tese de legítima defesa, enquanto o Ministério Público trabalha para comprovar a premeditação do crime.
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