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PMs da Rota Teriam Recebido R$ 5 Milhões para Informar Líder do PCC e Facilitar Fuga

  • Foto do escritor: Diogenes Régis
    Diogenes Régis
  • 19 de jan.
  • 2 min de leitura

Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que Marcos Roberto de Almeida, conhecido como "Tuta" e então líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora das prisões, teria pago R$ 5 milhões a policiais da Rota para obter informações privilegiadas que permitiram sua fuga durante a Operação Sharks, em 2020.


Foto: Reprodução Instagram da ROTA
Foto: Reprodução Instagram da ROTA

O Esquema e a Fuga de Tuta


O valor, segundo as apurações, foi dividido em uma entrada de R$ 2 milhões e o restante pago de forma parcelada. A Rota, tropa de elite da Polícia Militar, estava encarregada de cumprir mandados de prisão da operação, incluindo o de Tuta. Porém, ele não foi encontrado no endereço indicado.


Promotores inicialmente suspeitaram que o vazamento de informações tivesse ocorrido por meio de contatos próximos ao criminoso. No entanto, áudios obtidos pela investigação mostraram Tuta agradecendo a policiais da "R" (em referência à Rota) por "salvarem sua vida".


Os policiais envolvidos atuavam no setor de inteligência da corporação e não no patrulhamento ostensivo, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


Denúncia e Suposta Omissão de Comandantes


Promotores relataram o caso ao então comandante da Rota, José Augusto Coutinho, que hoje ocupa o segundo posto mais alto na hierarquia da Polícia Militar. Segundo as investigações, Coutinho não tomou providências, optando por abafar a denúncia.

A Secretaria de Segurança Pública declarou que "não compactua com desvios de conduta" e garantiu que todas as denúncias são rigorosamente apuradas pela Corregedoria. Contudo, não comentou diretamente o caso.


O Histórico de Tuta


Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, tornou-se líder do PCC nas ruas após a transferência de chefões da facção para presídios federais em 2020.


Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, tornou-se líder do PCC
Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, tornou-se líder do PCC - Foto: Reprodução

  • Lavagem de dinheiro: Acusado de movimentar mais de R$ 1 bilhão para o PCC.

  • Condenação: Em fevereiro de 2024, foi sentenciado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

  • Destino incerto: Expulso da facção em 2022, sob a acusação de enriquecer às custas do grupo, é considerado foragido, mas acredita-se que tenha sido morto pelo "tribunal do crime".


Outros Casos de Vazamento


Outro líder da facção, Silvio Luiz Ferreira, o “Cebola”, também teria escapado de operações do Gaeco devido a informações vazadas por policiais da Rota.


  • Cebola era alvo de uma ação na casa de um advogado ligado ao PCC. Apesar da denúncia, os policiais informaram ao MPSP que não havia ninguém no local.

  • Posteriormente, descobriu-se que o setor de inteligência da Rota também estaria envolvido com a facção.


Impactos e Investigações em Curso


O caso levanta questionamentos sobre a integridade de setores estratégicos da segurança pública e evidencia a complexidade das relações entre o crime organizado e autoridades policiais. Enquanto as investigações prosseguem, a impunidade e os supostos encobrimentos colocam em xeque a confiança da sociedade nas instituições de segurança.

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